LABIRINTO DE SER


Em vontade escrevo para externar minha angústia íntima, meu furor interior que marca o pensamento escrito como ponto inicial. Caminho de autoconhecimento de um ser que pode falhar contigo e consigo. Enveredando pela bela trilha serena que apazigua a alma. Senda que se torna a musa inspiradora de um ato de escrever.
Vereda da loucura que perpassa no labirinto do mundo das ideias, movendo-se repentinamente sem ao menos deixar pela viela a linha do novelo da ciência da paz. Roçar o desafio maior não está em se perder nos devaneios da mente, mas sim em conseguir driblar o tão temido mino touro da ira, o deus Cromos que devora seus filhos e a vontade de paz.
Nas curvas, nas esquinas estão às interrogações de si mesmo. Quando colocamos espelhos frente a frente criamos um labirinto, um enredo, Dédalo que confunde o olhar. Ao se passar algum tempo olhando no espelho de forma fixa, veremos as nossas verdades, à representação fiel do ser. Surgem indagações das mais variadas, por vezes distorcidas, por vezes maquiadas pela realidade mentirosa de filosofias hipócritas tão doces como as mais lindas e saborosas das amoras do jardim da vovó.
Quem poderá ser ou não ser na questão? Que caminhos seriam os mais seguros? Se conhecer será o ato mais importante para fugir das falácias melindrosas do cotidiano. É valoroso se dar o valor, mas para isso é necessário se olhar no labirinto translúcido e como Narciso se apaixonar.

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