Lágrimas em Florais


As lágrimas que derramo agora
Não são mais tão molhadas
Tão pouco nesse rosto afloradas
São sentimentos de outras badaladas.

 Fujo indo de encontro da bela caverna
Olho sombras na parede que se revela
Semblante em noite que se encera
Nada de novo nessa nova velha terra.

Pouco me diz nesse momento a primavera
O outono é o que reflete a coisa vera
O inverno é o inferno que inverna.

No rosto o líquido se desenterra
Ira antiga no olhar de outra fera
Não há outono, não há inverno, nem primavera.



Mário Sérgio dos Santos

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